quinta-feira, 7 de junho de 2012

Escola Bilíngue para Surdos - 2012


As mãos gritam...

Podemos comprovam que presenças de todas as escolas de surdos do Rio Grande do Sul e associações de surdos que vieram ao Porto Alegre, que lotaram a casa da Assembleia Legislativa, ainda mais, não tinham espaços para as mãos, pois as almas de mãos estiveram presença no meio dos sujeitos surdos que lutam a favor de Educação de Surdo e Cultura Surda.

As mãos gritam que os representantes políticos podem sentir e ouvir que a comunidade surda querem Escola Bilíngue para Surdos, não querem retrocesso do Congresso do Milão, assim como os sujeitos surdos sofriam por mais de 100 anos...

Com presença de todas, que as minhas mãos gritam e meus olhos brilham, a lágrima desceu no meu rosto, de repente, água foi parar em minhas mãos, pingou no chão...  a terra tremeu e a semente floresceu, de forma de mão, onde sol iluminar as nossas mãos.

Portanto, no dia 04 de junho de 2012, a comunidade surda gaúcha entra mais uma página da História do Rio Grande do Sul e do Brasil.

Meus parabéns ao lideres surdos e aliados ouvintes que lutam pela Comunidade Surda e pela Escola Bilíngue para Surdos.

Obrigado aos todos...

Que Deus abençoe em nossas mãos...

Abraços,
Prof. Cláudio Mourão (Cacau)


Fotos: Adriana Pereira

Prof. Cláudio Mourão fala sobre contextualização histórica do movimento surdo

Profa. Dra. Patricia Rezende,  Prof. Cristian Strack, Prof. Ms. Cláudio Mourão, Dir. Feneis/RS Francisco Rocha, Dep. Estadual Carlos Gomes, Prof. Roger Prestes, Vice-Presidente FENEIS Carlos Goes.

Prof. Cristian Strack fala sobre as crianças surdas e consciência... 

O pequeno Jackson, de quatro anos, deixou seu recado sinalizado:
 "Eu não quero inclusão, eu quero ter o direito de estudar Escola Bilíngue para Surdos" 

Profa. Dra. Patricia Rezende fala sobre legislação e Lingüística. 

Profa. Dra. Adriana Thoma

Profa. Ana Paula Jung
Escolas de Surdos, alunos surdos, profissionais na área de Educação e Esportes Surdos.

Dep. Carlos Gomes autografou um dos alunos de Santa Rosa/RS.

  
Matéria TVAL/RS Audiência Pública Escolas Bilíngues 04.06.2012




Palavras deixadas na página do Facebook:

Elisabete Camargo: 
"Hoje na Assembléia: só quem foi viu, ouviu e emocionou!! Valeu!!!"


Aura Brisa:  
"Parabéns Cacau Mourão, o Cristian Alexandre Strack,o Roger,o Carlos,a Patrícia e o Franscisco deram um show!Os alunos ficaram atentos...parabéns por este momento importante na nossa história Educacional!"

Tatiane Silva: 
"Muito Feliz!!! Estive ontem em PoA na Audiência Pública, na mobilização das Escolas Bilíngues para Surdos, a Assembléia Legislativa do Estado estava praticamente toda ocupada pela Comunidade Surda, é um grande orgulho participar desta luta e ainda temos muito o que avançar...CONTINUAMOS NA LUTA! Parabéns Ana Paula Jung pela organização e pela iniciativa juntamente com o Prof Cacau Mourão, Roger Prestes e Francisco Rocha e todos os demais enganjados nesta causa tão necessária para a Educação dos Surdos. Muitos momentos marcantes, em especial as falas das lideranças surdas e as crianças surdas que foram mostrar com muito orgulho o desejo de lutar por uma educação de qualidade no presente e no futuro! Escolas Bílingues para Surdos já!"

Arlise Zdrojewski:
"Bom mesmo, mobilizar, conscientizar, participar devem ser as palavras de ordem da comunidade surda para conquistar..."




terça-feira, 5 de junho de 2012

Agência de Notícias ALRS - Assembléia Legislativa Estado do Rio Grande do Sul


EDUCAÇÃO, CULTURA, DESPORTO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Surdos querem escolas em que a Libras seja a primeira língua
Cristiane Vianna Amaral - MTB 8685 | Agência de Notícias - 15:34-04/06/2012 - Edição: Letícia Rodrigues - MTB 9373 - Foto: Marcos Eifler



Escola Bilíngue para Surdos foi o tema da audiência pública que lotou o Teatro Dante Barone na manha dessa segunda-feira (4). Antes do início do evento, a plateia estava animada, mas pouco se ouvia. É que o principal meio de comunicação eram os gestos, a forma de manifestação da Língua Brasileira de Sinais (Libras). E é isso que os educadores, professores e estudantes presentes defendem: um espaço em que a Libras seja a primeira língua e o português escrito a segunda.

O deputado Carlos Gomes (PRB) foi o proponente da audiência, realizada pela Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia. Ele foi procurado pelo movimento nacional em defesa da educação e cultura surda, cuja principal entidade integrante é a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis). O parlamentar está preocupado com a dificuldade dos surdos de ingressarem e permanecerem na escola regular. “Me senti envergonhado por não entender a linguagem de sinais, mas vou me esforçar para aprender. Hoje, como estou minoria, consegui compreender como se sente um aluno surdo”, disse o parlamentar.

O diretor regional da Feneis, Francisco Eduardo da Rocha, defendeu mais integração entre as escolas para surdos no Estado. “Queremos saber o que está acontecendo, trocar experiências.” Segundo ele, não há uma política para essas instituições de ensino do RS. Ele comemorou a inclusão da representação dos surdos no Fórum Estadual de Educação, mas reivindica que a Secretaria da Educação crie um grupo de trabalho para levar as discussões adiante.

Movimento de surdos é nacional

Uma carta denúncia entregue nos Ministérios Públicos de todo o país resultou na abertura de um inquérito civil público sobre a questão da educação para surdos no país. O professor Cláudio Henrique Nunes Mourão, o Cacau, explicou que esse instrumento funciona como uma espécie de Comissão Parlamentar de Inquérito, ouvindo as partes envolvidas. O professor acredita que são necessárias mudanças na política do Ministério da Educação, que estaria fechando as escolas bilíngues, e convocou todos a participarem de um movimento em defesa dos direitos dos surdos, como fazem os gays e os negros.
O movimento dos surdos já impediu o fechamento de escolas bilíngues  em todo o país e conta com a adesão de entidades como a Apae e de personalidades, como a atriz Marieta Severo, que tem uma irmã surda. Uma manifestação em Brasília, no ano passado, reuniu quatro mil surdos e apoiadores contra as políticas do Ministério da Educação, que acredita na inclusão dos surdos no ensino regular. “E não existe uma lei que garanta a manutenção das escolas bilíngues”, reclamou Cacau. No RS, foram fechadas classes para surdos em quatro cidades no último ano. 

(...)

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